sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Paradise Lost – “Medusa”

(2017 – Nacional)              
                       
Nuclear Blast / Shinigami Records

Para muitos, “Medusa” pode representar um retorno às origens do Paradise Lost, para outros o álbum pode soar como uma continuação de “The Plague Within” (2015) e para alguns o disco representa a banda em si. Na verdade, “Medusa” representa a si mesmo, trazendo características tradicionais do Paradise Lost, assim como alguns novos elementos.

O décimo quinto disco do maior nome do Gothic / Doom Metal da história (sim, o Paradise Lost também é Gothic, guardadas as devidas proporções) é um disco intimista, com um clima sombrio até maior que seu antecessor e soa como o mais moderno da banda até então, e esse ‘moderno’ não soa pejorativo e é simplesmente algo atingido pela produção (de Jaime Gomez Arellano) e a timbragem dos instrumentos.

Com um trabalho de guitarras voltado para o mais tradicional, onde Gregor Mackintosh destaca a melodia e Aaron Aedy adiciona riffs com boa dose de peso, o instrumental ainda conta com o baixo correto do discreto Stephen Edmondson e ganha uma rejuvenescida com a bateria do novato Waltteri Väyrynen, um instrumentista versátil e com pegada sutil, mas considerável. Mackintosh também é o responsável pelos discretos, mas essenciais arranjos de teclados, que dá o ar ‘clássico’ às composições.

Nick Holmes é um show à parte e, doa a quem doer, é sim um dos melhores vocalistas extremos de todos os tempos. Impressiona como ele trabalha bem suas linhas limpas e os guturais (únicos e um dos melhores da história) que voltam com ênfase no disco e ainda mais versáteis.

“Medusa” não é um disco que causa impacto, até porque isto foi causado por seu antecessor, mas com certeza é um trabalho de qualidade acima da média e só não agradará aos muito exigentes. Vale mencionar a capa do disco, simples e detalhada ao mesmo tempo, vintage e atual ao mesmo tempo, mas acima de tudo trazendo novas cores à discografia da banda. A versão nacional vem com dois bônus. Simplesmente Paradise Lost.


8,5

Vitor Franceschini


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